Será que existe uma fórmula ou planejamento para uma vida minimalista? Por onde começar?
A maioria das pessoas que entram nesse novo estilo de vida
começam se perguntando como começar, o que devo descartar, com o que devo
ficar?
E aqueles que já passaram pelo processo ajudam da maneira que podem,
falando de quantas roupas eles se desfizeram, quais objetos realmente utilizam
e assim vai.
Pedir apoio em grupos pode ajudar bastante no processo, mas
também pode funcionar de maneira reversa. Porque?
Se a ideia é se tornar mais livre, com autonomia sobre as
escolhas do que vestir, do que comer, do que gostar, aonde e como viver, então,
porque não deixar que sua própria verdade e vontade comecem a agir, de maneira
genuína, a partir de dentro?
Se a ideia é criar um universo próprio de valores, um estilo
de vida que não se atrele ao sistema, porque precisar dos outros para dizer o
que você deve fazer? Não parece contraditório?
Por isso usar a ajuda dos grupos pode ser prejudicial, pode
se tornar uma muleta de “como devo ser”, caindo no mesmo erro de antes,
seguindo a cabeça dos outros, dos moldes do seu pequeno círculo social e
cultural.
Acho importante sim obter informações sempre, a leitura, os
depoimentos das outras pessoas, as experiências diversas como a do americano Henry David Thoreau, que 1945 viveu por
dois anos em um bosque para testar uma vida simples e depois escreveu o livro “Walden on Life in de Woods” contando e
aprovando a experiência.
Apenas um caso, assim como hoje temos muitas pessoas que
optaram por viver com menos para terem mais. Nômades digitais, por exemplo,
conseguiram se estabelecer com trabalhos via internet e hoje podem viajar ou
morar onde quiserem ganhando somente o suficiente para isso.
Claro que existe uma mudança drástica mas achar que existe
uma fórmula é um erro que pode afetar a base da transformação que deve
acontecer de dentro para fora, nas concepções que se tem da vida, na
personalidade, nos desejos e tudo mais.
Para ter autonomia e escolher viver na simplicidade voluntária, é preciso primeiro ser autônomo, treinar a autonomia.
Via positiva e via negativa da vida minimalista
Por um lado, nos sentimos felizes de desapegar das coisas,
de fazer novos planos, conhecer outras pessoas com os mesmos objetivos.
Mas por outro lado vamos encontrar os famosos obstáculos, as dificuldades normais que aparecem com qualquer mudança, principalmente em relação às pessoas que estão ao nosso redor e não se identificam com a vida minimalista.
O que não vai adiantar é caminhar na negativa.
Ou seja: não se
trata de não consumir, não aceitar, não abrir mão, não participar.... parece
que os mais radicais entendem que devem ser firmes mas, sem generalizar, alguns
se tornam inflexíveis, caminhando sempre pela negativa.
É necessário, como em tudo na vida, ver o que se ganha
quando se tira o excesso. Como aquela pessoa que precisa emagrecer por questões
de saúde, se ela ficar lamentando o que não pode mais comer não poderá sentir
prazer com que ela está ganhando com tudo isso: mais tempo de vida, mais
energia, mais mobilidade e por aí vai.
Tornando tudo mais difícil.
No minimalismo é enxergar os ganhos, observar a leveza de se
ter menos, enfatizar a qualidade de vida ao priorizar determinadas coisas e ao
deixar de consumir outras.
Caminhar pelo lado positivo da vida minimalista é
aproveitar a verdade do movimento interno que acontece para desfrutar realmente
da liberdade e não criar um novo método cheio de restrições.
A via positiva inclui não só estar bem com o processo de
mudança, mas principalmente entender que ele parte de uma vontade intensa de mudar. A vontade de encontrar a verdade por trás de todas as coisas.
O que realmente importa nesse processo não é a mudança externa.
A via positiva começa por dentro, pelos próprios paradigmas.
Isso vai fazer com que naturalmente você se desfaça do desnecessário e não
torne “o desapego” algo dolorido a ser feito.
Ao contrário, a libertação deve
ser prazerosa, essa é a mágica.
O caminho todo se resume em absorver o conhecimento
disponível que se afinem com suas convicções, participar de palestras, devorar
todo material, conversar com amigos, preencher a mente com pensamentos
positivos voltados à mudança.
Usar todas as ferramentas disponíveis para preencher seu
vazio existencial e impulsionar a vontade de mudar. Todas as ferramentas
incluem não só livros, filmes e grupos do facebook, incluem cursos de
autoconhecimento, práticas que o levem em contato com a coragem que está
prestes a eclodir no seu coração.
A meditação e a yoga por exemplo, podem ser ferramentas de
impulsionem de forma exponencial suas intenções de se tornar uma pessoa com
valores mais altruístas, menos apegado às coisas supérfluas e a falsos
relacionamentos.
Algumas ferramentas e pessoas que estão caminhando pela via positiva para você conhecer: CLIQUE AQUI.
Buscar a sua felicidade vale a pena. E só você pode traçar
esse caminho para que ele venha por inteiro, pela raiz, pelo mais profundo do
seu ser. Boa caminhada!!
Abraços!
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