Minimalismo não é somente um estilo de vida, é uma transformação interna.
Muito se falou sobre o minimalismo como forma de desapego,
simplesmente viver com pouco ou quase nada, às vezes colocar uma mochila nas
costas e viver viajando como se isso fosse um estilo de vida que qualquer um
pudesse ter.
A questão é que ser minimalista vai muito além de ter poucas
roupas, objetos, móveis, carros e outros bens materiais, o minimalismo como
estilo de vida começa com uma transformação interior.
Muitos encontraram essa forma de viver depois de sofrerem
perdas desastrosas, como quebra de empresas, desemprego ou falências de modo
geral. Outros porque descobriram que estavam gastando mais do que podiam e
estavam indo por um caminho sem volta.
Porém, fora todas as causas visíveis, há uma outra ainda
mais profunda: a transformação interna, na maneira como as coisas, as pessoas e
a relação com a sociedade capitalista é vista e vivenciada.
Essas mesmas pessoas sofreram grandes perdas, ou
acordaram para o potencial de viver com pouco, buscando a liberdade,
encontraram também grandes decepções no âmbito emocional. Quando mais
precisaram de ajuda, seus ditos amigos, não estavam mais lá.
Sofreram também na pele o preconceito social, racial ou
qualquer outro tipo de exclusão e chegaram a conclusão de que não estavam entre
pessoas que valiam a pena. Viram que seus círculos sociais estavam atrelados às
aparências e aos valores superficiais que normalmente imperam em uma sociedade
competitiva e medrosa.
Essas mesmas pessoas conseguiram atrelar o conceito do “menos
é mais” com qualidade de vida e de relacionamentos, abriram-se para outros
tipos de pensamentos e atraíram outros tipos de pessoas.
Chegaram a basicamente 3 vértices do estilo de vida
minimalista:
- A grande transformação parte de dentro
- Valorizar o essencial para obter a essência
- Reeducar-se financeira e socialmente
A Transformação Interior e o Minimalismo
Depoimento Minimalismo. Fonte: Blog Feliz Com a Vida |
O primeiro vértice, a transformação interior, pode ser considerado como o mais importante. Parte de um princípio de que temos certos padrões que devem ser avaliados e melhorados.
Olhar para si mesmo todos os dias com cede de aprender e
crescer como pessoa, de entender que o mecanismo da verdadeira fartura está no
cultivo das boas energias como o amor, a saúde, a generosidade e a empatia.
Basicamente a pessoa que começa essa transformação está se
sentindo vazia e sem significação. Não encontra relacionamentos profundos e
verdadeiros, assim como não consegue ela mesma se sentir uma pessoa real.
O processo é lento porque uma semente é plantada a todo
momento, observando os pensamentos, olhando para como você recebe o dia, qual o
nível de gratificação mesmo na dificuldade, é capaz de entender que o
crescimento só acontece quando estamos precisando dele.
A transformação vai se mostrando gratificante quando percebemos
o aumento da nossa energia, da motivação e da melhora nas decisões positivas.
Já conseguimos dizer mais “nãos” àqueles que não nos acrescentam, que nos sugam
com suas infelicidades. Já conseguimos selecionar melhor o que vamos dizer,
comer e vestir.
Então percebemos que estamos entrando, finalmente, no
controle da nossa vida.
Aos poucos, essa transformação vai dando espaço ao
minimalismo. Deixamos de comprar coisas inúteis para gratificar outras pessoas,
para receber elogios ou para tampar buracos na alma. Deixamos de gastar
dinheiro com comidas e bebidas que nos fazem mal.
O processo de conhecer-se continua, na leitura de bons
livros, bons filmes, de exercícios que nos propomos a fazer como uma atividade
física, meditação ou arte terapia.
Passamos a ter menos rodas de amigos bebendo sem parar, em
compensação temos mais tempo para nos dedicar à algum hobby antigo que sempre
tivemos vontade de fazer. Temos mais tempo para acalmar os pensamentos na
tranquilidade de uma boa música e o melhor, vemos os efeitos positivos disso
tudo.
Porque?
Porque você percebe que sua criatividade aumentou junto com
sua motivação, ou porque você conseguiu tomar uma decisão importante sobre seu
trabalho, sobre a direção que sua vida precisa tomar, sobre seu relacionamento
amoroso. Percebe que sua paciência aumentou, sua empatia com as pessoas está
diferente e principalmente, sua mente está muito mais calma.
A saúde mental, física e espiritual está entrando e fazendo
parte de nós. Nós vamos nos tornando a própria Saúde, o próprio bem-estar.
A partir dessa transformação vemos que podemos nos desfazer
do que está demais, do que está acumulado pelos cantos cheio de pó. Roupas que
não combinam mais com nossa forma de ser, ou que nunca foram usadas! Uma pequena grande ação dentro do minimalismo.
Diminuir objetos e coisas que compramos não são o principal,
são parte dele. Parte de uma nova forma de enxergar o consumo e valorizar o que
é essencial, onde você aplica seu tempo de vida, sua energia e suas preocupações.
Daí vem sua reeducação financeira, quando você se interessa
por esse tema e vai buscar novas informações. Percebe que está gastando muito
mais do que deveria em coisas desnecessárias e aprende a poupar, aprende a dar
valor ao dinheiro. Assim, começa a entender que é preciso priorizar o que fazer
com ele.
Na primeira vez que você fizer isso, algo que nunca tinha
feito antes como deixar de comprar roupas para viajar, por exemplo, vai gostar
da brincadeira. Vai gostar também quando percebeu que poupou muitos reais
quando vendeu o carro e que com esse dinheiro vai investir em um novo negócio
próprio.
Esse ciclo vai tomando força e quando você menos esperar já
faz parte do time dos minimalistas. Vivendo de acordo com seus próprios
valores, selecionando melhor tudo com o que você se relaciona, projetando um
futuro cada mais livre e saudável.
Assim são as Mulheres Minimalistas, grandes inspirações para
você entrar nessa e sentir a força da transformação em sua vida.
Abraços!
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