quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O Movimento Minimalista

O que é minimalismo?

Neste post vamos chegar ao estilo de vida minimalista, mas antes vamos entender um pouco, o que é minimalismo?
O minimalismo é um conceito muito utilizado nas artes como a pintura, a arquitetura, a música, a dança, o teatro e em vários outros segmentos como o marketing, a moda e outros. Conceito que surgiu em debates nas obras de Aristóteles. 
O minimalismo na arte foi um movimento iniciado em Nova York nos anos 50, com o uso simples de formas, cores e elementos, onde o foco é apenas o essencial.
Segundo o pesquisador e compositor americano Edward Strickland a arte minimalista surgiu nos anos 40 e 50 com duas obras pontuais: uma delas é a tela de Barnett Newman, intitulada Onement, obra que deu seguimento à uma série de telas e a outra é música Trio For Strings, composta por La Monte Young.


Curiosidade: A tela acima, chamada Onement V, da série criada por Newman (1905-1970) foi vendida em um leilão por 43,8 milhões de dólares em maio de 2013, em Nova York.

Após a década de 70, seguida da conferência em Estocolmo a respeito do impacto ambiental gerado pelas grandes civilizações industrializadas, houve um movimento muito grande dentro da sociedade capitalista em prol do controle da crise ambiental.
Segundo a autora Portilho (2010), foi a partir dos anos 90 que os movimentos ganharam forma “anticonsumo”, hora de maneira mais egoísta, como os movimentos da Europa e EUA de “antiglobalização” e hora de maneira mais altruísta, como os ambientalistas.
Mas o minimalismo como estilo de vida é bem mais recente. Vem de uma demanda por uma sociedade menos consumista, visto que o impacto no planeta, gerado pelo consumo excessivo está cada dia mais alarmante.
Na sociedade contemporânea, na era da informação, além da propagação desses impactos e da mensagem direta sobre esse mal, passados de pessoa a pessoa em um círculo de confiança. Hoje temos uma valorização na autonomia de escolha do estilo de vida onde o status e o consumo não estão mais atrelados, os moldes sociais já não são os mesmos.
Os novos padrões de relacionamento em mídias sociais apontam como o hiperconsumo está mudando, as pessoas estão entendendo que os bens materiais não podem estar totalmente vinculados aos bens psíquicos.

O Movimento Minimalista Voluntário

O autor do livro Simplicidade Voluntária, Duane Elgin, diz que a simplicidade é voluntária e mobilizadora. Cada um pode escolher fazer um esforço por uma vida mais consciente, e isso se dá em muitos âmbitos da consciência à respeito:
  • do supérfluo;
  • dos impactos ambientais de nossas ações;
  • da qualidade da alimentação;
  • do maltrato com os animais;
  • do ambiente social que nos envolvemos;
  • da influência que exercemos nos outros;
  • da divisão de riquezas, entre outros.
Um exemplo de movimento voluntário foi o Slow Food, (comida lenta) criado em 1989 na Itália. Chegou no Brasil em 2010 e já se espalhou pelas cinco regiões do país. O movimento engloba uma alimentação saborosa, que não agride o ambiente e mantém um preço justo para quem produz e para quem consome.
A partir daí vários movimentos na mesma linha como o Slow Living, o Slow City e o Slow Reading estão ganhando adeptos pelo mundo todo. Assim como o surgimento das Ecovilas com casas sustentáveis que não agridem o meio ambiente, do vegetarianismo e do veganismo.
Escolher um estilo de vida que priorize a riqueza interior em detrimento da exterior está nas mãos de quem busca a essência de todas as coisas, o interno das questões, o profundo por trás das máscaras. Está nas mãos de uma pessoa escolher ser responsável pela transformação de seus atos e ideias.
Este é o poder da liberdade, é ir além da massa, dos padrões antigos impostos ao consumidor que deixou de ser gente para ser mais um comprador.
Ter liberdade é ter autonomia sobre o sistema, é atuar para que novos caminhos de sobrevivência estejam independentes dos moldes antigos do emprego.
“Nessa terra de gigantes, trocam vidas por diamantes. ”
Liberdade é ter tempo para viver e não viver para trabalhar. Isso não significa ser radical, ser opositor ou rebelde. Significa que nós temos mentes, somos inteligentes o bastante para entender que estivemos trabalhando para enriquecer aos outros, em troca da nossa própria vida. Pelo menos é assim para a grande maioria.
Isso também não é comunismo, nem socialismo, nem uma ideologia anterior qualquer. Se trata de estar voltado para a qualidade de vida, utilizando a evolução tecnológica, claro, sem abrir mão da indústria, mas colocar os olhos sobre os limites dessas produções, da importância de tantos objetos, aparelhos, móveis, roupas, joias, maquiagens e uma quantidade sem fim de coisas.
Uma mudança interna lenta e paulatina é de extrema importância para que você se torne mais leve, com mais tempo livre e com melhores relacionamentos.


Abraços!

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